sábado, 31 de outubro de 2009

O par ideal

Ou é ideal ou é existente. Há de se escolher: amar um ideal ou amar uma pessoa. Muito fácil amar o que não existe. Fácil e sem graça. Mas há quem prefira. O que complica é esperar de pessoas reais um comportamento ideal. O amor é necessariamente dependente da realidade. Ele não sobrevive a ela, ele só sobrevive com ela. A ilusão é o veneno do amor. O objeto amado pode não ser o que gostaríamos e vamos continuar a amá-lo, mas se descobrimos que ele não é o que pensávamos, aos poucos o amor se escoa pelo ralo.  O  parceiro ideal é no que devemos nos transformar. A solução do problema é essa: preocupar-se em ser o par ideal, tomar para si as exigências feitas aos outros. Se eu não sou o que considero um par ideal, não mereço um pra mim.

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